Greve é o único caminho para barrar as ameaças dos banqueiros e do governo de retirar direitos.
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Em Assembleia Geral Virtual realizada nessa quarta-feira (26/08), pela plataforma Zoom, os bancários maranhenses rejeitaram as propostas rebaixadas da Fenaban e dos bancos públicos, que visam – unicamente – retirar direitos da categoria em plena pandemia.
Na ocasião, os trabalhadores decidiram, ainda, adiar o indicativo de greve para o dia 31 de agosto (segunda-feira), aguardando a definição de outras bases.
Proposta rebaixada
Apesar do lucro de mais R$ 28 bilhões obtido no primeiro semestre deste ano e do incentivo superior a R$ 1 trilhão “doado” pelo Governo Bolsonaro ao setor, os bancos propuseram reajuste zero em 2020, com pagamento de um abono no valor de R$ 1.656,22. Já para 2021, houve uma proposta de reajuste parcelado, equivalente a 70% do INPC em setembro e 30% em dezembro - sem abono.
Apesar da mobilização dos bancários, o setor financeiro ainda ameaça reduzir o vale-alimentação e as gratificações de função (de 55% para 50%).
Quanto à distribuição da Participação nos Lucros e Resultados (PLR), os banqueiros recuaram na proposta de redução, que chegaria até 48%, e mantiveram as regras atuais, com exceção do Banco do Brasil, que insiste em diminuir a PLR dos seus funcionários.
Bancos públicos
Por falar em bancos públicos, o Governo Bolsonaro tem superado a Fenaban quando o assunto é retirar direitos. No BB, além do ataque a PLR, continuam as ameaças de descomissionamento e redução de salários.
Já na CEF, onde os bancários tem atuado na linha de frente contra a Covid-19, o Governo quer inviabilizar o plano de saúde dos empregados, com a cobrança por dependente e o aumento da contribuição para o Saúde Caixa. Um absurdo! Como se não bastasse, o presidente Bolsonaro quer acabar com a PLR Social e aplicar a perversa MP 995, que permite o fatiamento e a venda de segmentos do banco até dezembro de 2021.
Por sua vez, em relação ao BNB, até o adiantamento do tíquete-alimentação foi suspenso neste mês, aguardando o desfecho das tratativas com a Fenaban. No BASA, a situação não é diferente. As negociações estão suspensas depois de um “festival” de “nãos” da direção do banco às reivindicações do funcionalismo.
Vale ressaltar que tanto o BNB quanto o BASA já afirmaram, inclusive, que os acordos a serem fechados com os seus funcionários podem ser ainda mais rebaixados do que o proposto pela Fenaban na Mesa Única de Negociação.
Greve Geral Nacional
Para o SEEB-MA, diante de todos esses ataques e ameaças, esse seria o momento ideal para deflagrar a GREVE NACIONAL DA CATEGORIA, até porque nenhum direito previsto na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) e nos Acordos Coletivos (ACTs) específicos de cada banco terá validade a partir de 1º de setembro. Em outras palavras, se os bancários não pressionarem os bancos a apresentarem uma proposta decente o quanto antes, a categoria ficará sem qualquer direito garantido. Um perigo!
“Lamentavelmente, porém, o Comando Nacional, formado pela Contraf e pela Contec, preferem apostar somente nessas mesas de enrolação e em mobilizações virtuais, que poderão custar muito caro para os bancários. Na luta por nenhum direito a menos, a greve deve ser deflagrada de imediato, a fim de garantir a reposição da inflação, aumento de 5%, PLR digna, garantia do emprego, a defesa do Saúde Caixa, das gratificações, dentre outras reivindicações” - avaliou o presidente do SEEB-MA, Eloy Natan.
Nova Assembleia Virtual
Nesta sexta-feira (28/08), às 18h30, o SEEB-MA realizará nova Assembleia Geral Virtual, pelo Zoom, com o intuito de avaliar as novas propostas da Fenaban e dos bancos públicos, que serão apresentadas hoje (27) e amanhã (28). Na oportunidade, a a greve da categoria deve ser organizada. Bancário (a): participe!
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© SEEB-MA. Sindicato dos Bancários do Maranhão. Gestão Trabalho, Resistência e Luta: por nenhum direito a menos!