Bancários maranhenses também serão atingidos por esse ataque brutal do Governo Bolsonaro contra o BB.
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O Governo Bolsonaro anunciou mais um ataque a uma empresa pública brasileira. Como se não bastasse promover o desmonte dos Correios e da Eletronorte, o alvo da vez é o Banco do Brasil.
Nessa segunda-feira (11/01), a direção do banco anunciou uma nova reestruturação, que visa o desligamento de 5.000 mil funcionários, via programa de demissão voluntária, além do fechamento de 361 agências e postos de atendimento em todo o Brasil.
Para o SEEB-MA, essa medida visa enfraquecer o BB, a fim de privatizá-lo num futuro próximo, o que beneficiará os bancos privados, como o Bradesco, o Itaú e o Santander, instituições que só buscam o lucro pelo lucro, sem se importar com as necessidades sociais da população brasileira.
Maranhão
No Maranhão, essa reestruturação ocasionará efeitos extremamente negativos, como o encerramento das atividades das agências Cohatrac e Reviver, em São Luís, além das unidades de Caxias, Bacabal, Imperatriz, dentre outras.
O banco justifica esse ataque alegando “excesso de funcionários” e a “necessidade de investimentos em serviços digitais” em detrimento do atendimento presencial.
Para o diretor do SEEB-MA, Dielson Rodrigues, “essa é uma desculpa sem sentido. Na verdade, o Governo Bolsonaro está enxugando a estrutura do BB para vendê-lo à iniciativa privada, pois o presidente está do lado dos banqueiros e dos empresários, não do povo. Em nosso Estado, o número de bancários nas agências já é reduzido, o que piorará com esse novo programa de demissão, sobrecarregando a categoria e precarizando, ainda mais, o atendimento aos clientes mais humildes, que sofrerão com filas maiores. Para se ter ideia, nas cidades de Carutapera e Santa Helena, só há dois funcionários atendendo toda a população, o que é um absurdo. Como ficarão os bancários, os clientes e os usuários dessas agências com essa nova reestruturação? Precisamos barrar esse ataque” – exclamou.
Na visão do Sindicato, no Maranhão, é inviável investir nos meios digitais como única forma de atendimento ao público, pois grande parte da população sequer tem acesso à internet.
“Além disso, em meio a pandemia, o atendimento presencial se mostrou importantíssimo, vide o pagamento do auxílio emergencial e o esclarecimento de dúvidas nos bancos públicos. O que o Banco do Brasil precisa é de novas agências, mais contratações e novos concursos para melhor servir ao povo brasileiro, para prestar um serviço adequado e de qualidade, atitude que os bancos privados nunca terão, pois só pensam no lucro. Para isso, precisamos lutar contra os ataques de Bolsonaro e, sobretudo, em defesa da coisa pública, das estatais, do SUS, da Caixa e do BB” – finalizou o presidente do SEEB-MA, Eloy Natan.
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