Perder um banco como o BB significa mais exploração e abusos por parte dos bancos privados.
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Não precisa ser bancário do Banco do Brasil para ficar preocupado com as notícias da última reestruturação anunciada pelo banco no dia 11 de janeiro. Serão 361 agências fechadas em localidades estratégicas, mais de 5 mil demissões, cortes de funções e transferências compulsórias.
Não se trata de um plano de modernização, mas ficou muito claro que faz parte do plano de venda que o ministro Paulo Guedes já declarou de forma chula em uma reunião ministerial com o presidente Bolsonaro.
“Vender a p**** do Banco do Brasil” é um compromisso que Paulo Guedes tem com o mercado. Leia-se: grandes bancos privados e especuladores internacionais, para acabar com a concorrência no setor financeiro e, assim, aumentar a margem de lucro dos banqueiros.
Durante a eleição, a imagem que passaram de Guedes foi a de um grande economista que tinha a solução para resolver todos os problemas econômicos do país. Antes da pandemia, o Brasil já vivia um caos e quando o vírus se alastrou no país, o ministro ainda foi contra o auxílio emergencial, medida que garantiu que o Brasil não estivesse numa situação econômica ainda pior hoje.
Perder um banco como o BB significa que os bancos privados terão o caminho livre para aumentar seus juros e tarifas, fechar agências e demitir mais funcionários. Nem mesmo o anúncio de aberturas de novas agências da Caixa é motivo de alívio. Ao mesmo tempo, o Governo prepara a venda de importantes setores do banco como Seguridade, Loterias e o Banco Digital, o que pode inviabilizar a atuação do banco nas áreas sociais.
O SEEB-MA tem empreendido uma luta em vários “fronts” em defesa do BB. No campo judicial, o Sindicato entrou com ações para impedir o fechamento das agências, a retirada de funções e as transferências compulsórias. No campo político, realizamos diversas reuniões com parlamentares, atos públicos, abaixo-assinado e articulações com entidades da sociedade para explicar os riscos envolvidos com mais um plano de reestruturação do BB.
Por último e não menos importante, iniciou-se um grande processo de mobilização do funcionalismo do BB, com a realização de plenárias, assembleias, reuniões nos locais de trabalho e duas paralisações nacionais para forçar o banco a recuar. Só a luta em conjunto com os bancários da rede pública e privada, além das outras categorias do serviço público será capaz de barrar o projeto neoliberal de Paulo Guedes de entregar/vender o país.
Não mexa no meu BB!
Esse Banco é do Brasil.
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