Comando rejeitou nesta terça (23) propostas rebaixadas da Fenaban sobre tíquetes, salários e PLR.
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A Fenaban voltou a apresentar uma proposta absurda na 14ª rodada de “negociação” realizada com a Contraf-CUT nessa terça-feira (23/08), em São Paulo, ainda mais diante do lucro de mais de R$ 132 bilhões obtido pelos bancos em 2021.
REAJUSTES REBAIXADOS
Além de manter a proposta de PLR reduzida e o índice de reajuste salarial em míseros 5,8%, percentual muito abaixo da inflação acumulada nos últimos 12 meses, a Federação dos Bancos ofereceu apenas 8,88% de reposição nos tíquetes.
Vale ressaltar que esse índice de 8,88%, embora cubra a inflação geral medida pelo INPC, representa apenas 48% da inflação dos alimentos, estimada em 15,37% para o dia 1º de setembro, data base da categoria. Os bancários exigem aumento acima da inflação!
“Chega de enrolação entre a Fenaban e a Contraf-CUT. Nosso acordo expira em uma semana e isso implica riscos. Queremos aumento real, contratação de mais bancários e novos avanços, como ocorreu nos bancos estaduais ” – afirmou o presidente do SEEB-MA, Dielson Rodrigues.
ACORDO DO BANPARÁ É UM EXEMPLO
O Banpará, por exemplo, já mostrou que uma proposta decente possível. O acordo firmado entre o banco e o funcionalismo prevê reajuste de 13% nos salários, 10,9% no piso e de 20% nos tíquetes, além de PLR Social de 5% do lucro líquido, superior, inclusive, que a da Caixa Econômica Federal (4%).
Na prática, o tíquete-refeição aumentará para R$ 1.347,00 (R$ 61,23/dia) e o alimentação passará para R$ 992,62, totalizando R$ 2.339,68. O ACT garante, ainda, abono atividade física e vale cultura de R$ 213,00.
No mais, o acordo prevê licença-prêmio de 65 dias a cada 5 anos de trabalho, manutenção do parcelamento do adiantamento de férias em 10x e a incorporação da gratificação de função após 10 anos de exercício.
Para o SEEB-MA, esse acordo é uma verdadeira lição na Contraf-CUT, que está há 14 rodadas de “enrolação” com a Fenaban, não conseguiu qualquer proposta considerável e ainda se recusa a falar em greve.
ASSEMBLEIAS E GREVE GERAL
“É lamentável. Essa Confederação está pedindo a bancos grandes e com lucros extraordinários, um índice de reajuste menor que o bancários do Banpará já conquistaram. A Contraf sequer aproveita o momento eleitoral do presidente, atrás em todas as pesquisas e distribuindo auxílios a todo mundo, a fim de se reeleger, para pressioná-lo a apresentar uma proposta digna para os bancários dos bancos públicos. É hora de ouvir a categoria em assembleias por todo o país. É hora de deflagrarmos uma GREVE GERAL por reajuste acima da inflação e por avanços. Afinal, lucro não é problema para os banqueiros. Vamos à luta” – finalizou Dielson.
NOVA NEGOCIAÇÃO
Nesta quarta-feira (24/08), a Contraf e a Fenaban voltam a negociar presencialmente, em São Paulo. A expectativa é que a Federação dos Bancos apresente um novo índice para salários, tíquetes e PLR.
SEEB-MA EM SÃO PAULO
Os bancários do Maranhão, do Rio Grande do Norte e de Bauru estarão em frente à sede da Feneban, na Capital paulista, para cobrar uma proposta decente. Caso contrário, o caminho será a greve!
ASSEMBLEIA DE AVALIAÇÃO
Na Assembleia realizada ontem (23/08), em São Luís, os bancários decidiram manter o estado de greve e as mobilizações. Na sexta (26/08), está prevista uma nova Assembleia de Avaliação, com horário e formato a definir.
Bancário(a): participe!
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