Nesta quinta-feira (17/08), ao invés de progressos, mais retrocessos nas negociações com a BB.
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Após seis rodadas de negociação, as tratativas entre a Comissão dos Empregados do Banco do Brasil (CEBB) e a Direção do BB pouco avançaram.
COMBATE AO ASSÉDIO
Na primeira mesa, os funcionários reivindicaram a melhoria dos canais de denúncia, dos meios de acolhimento, além do combate rigoroso ao assédio moral e sexual. A categoria exigiu, ainda, a punição efetiva dos culpados, bem como a participação dos sindicatos no processo de apuração dos casos de assédio por meio de uma comissão bipartite com o banco. No entanto, o BB minimizou o pleito, afirmando que já oferece cursos, cartilhas e a ouvidoria do banco para tratar desses abusos, o que é insuficiente.
MAIS CONTRATAÇÕES
Na segunda mesa, a CEBB cobrou a contratação de 10 mil novos bancários, a fim de diminuir a sobrecarga de trabalho e o adoecimento do funcionalismo nos locais de trabalho. Porém, a Direção do BB informou que apenas 4 mil novos empregados devem ser empossados até o fim de 2022 devido aos limites impostos pelo Governo (SEST), alegação que foi rechaçada pelo movimento sindical, que acredita que esse limite não será ultrapassado com a convocação dos 10 mil concursados.
FIM DA TERCEIRIZAÇÃO
Na ocasião, os bancários exigiram, ainda, o fim da terceirização e dos correspondentes bancários do BB, que só servem para precarizar o trabalho bancário e o atendimento à população. Em resposta, o Banco do Brasil se limitou a dizer que vai analisar esse pleito, entre outros, como a suspensão da implantação do modelo BB 2.0 e das agências complementares.
MAIS SEGURANÇA
Na terceira mesa, a categoria solicitou mais segurança nas agências bancárias, com a instalação de biombos no setor de autoatendimento e a manutenção de todos os dispositivos de segurança, como portas giratórias, câmeras, alarmes e vigilantes até nas chamadas “unidades conceito”, espécie de loja de atendimento que não possui caixa, a exemplo de outros bancos. O objetivo é assegurar tranquilidade não só para os bancários, mas também para a população. Apesar dos argumentos do CEBB, a direção do banco não prometeu acatar as reivindicações sobre segurança.
TELETRABALHO
Na quarta mesa, o BB voltou a negar as demandas dos bancários. Desta vez, sobre o teletrabalho. O Banco do Brasil informou que não pretende alterar o acordo vigente com o funcionalismo. Além disso, afirmou que não há previsão para ampliação dessa forma de prestação de serviço; que não vai pagar ajuda de custo para quem fica menos de 50% da jornada em teletrabalho, recusando-se, ainda, a anistiar as horas negativas de alguns bancários geradas em razão da pandemia da Covid-19.
CASSI E CONDIÇÕES DE TRABALHO
Na quinta mesa, a CEBB cobrou do banco transparência e diálogo sobre o déficit da Cassi, além da assistência odontológica vinculada ao plano de saúde e não mais a uma empresa terceirizada com cobertura insuficiente.
Os bancários reivindicaram, ainda, o fim da sobrecarga de trabalho, que tem adoecido, por exemplo, os gerentes de serviço, pois – muitas vezes – acumulam as funções de caixa e tesoureiro.
Mais uma vez, o BB se esquivou das solicitações do funcionalismo e, para piorar, propôs remover do acordo coletivo específico sobre saúde e condições de trabalho a complementação do auxílio doença e o tempo de descanso para digitadores.
CLÁUSULAS ECONÔMICAS
Na sexta mesa, o funcionalismo criticou os impactos negativos das reestruturações e do programa Performa, que prejudica a carreira de mérito e diminui os salários dos bancários do BB. Na ocasião, os bancários exigiram, ainda, a manutenção permanente das gratificações dos caixas, hoje, garantidas por liminar.
Além disso, a CEBB requereu o aumento da ajuda de custo para funcionários do PSO, que atendem a agências em mais de duas cidades; o ressarcimento integral das despesas com translado; a promoção por mérito dos egressos de bancos incorporados; o pagamento de horas extras ao invés de bancos de horas; o adiantamento de 50% do 13º salário em fevereiro; o pagamento de insalubridade em caso de risco de visa e o vale cultura no valor de R$ 217,12, mas todas essas cláusulas econômicas pleiteadas foram recusadas pelo Banco do Brasil.
ATAQUES A DIREITOS
Na sétima e oitava mesas de negociação com o BB, ao invés de progresso, mais retrocessos, como a proposta do banco de diminuir os ciclos avaliatórios para descomissionamentos de três para um (GDP) para alguns cargos, o que pode reforçar os assédio moral. Esse ataque não foi aceito pelo funcionalismo. Além disso, o banco não aceitou que os cinco dias de faltas abonadas possam ser vendidos ou acumulados, como era anteriormente.
PRÓXIMOS PASSOS
"Caso o Governo e a Direção do Banco continuem com essa intransigência, não restará alternativa a não ser realizar paralisações" - avaliou o presidente Dielson Rodrigues.
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