DESTAQUE / CAMPANHA SALARIAL

Fenaban propõe reajuste pífio de 5,5% e abono de R$ 2.500

Proposta foi considerada insatisfatória pela categoria, que entra em greve devido à ganância e intransigência dos banqueiros.

25/09/2015 às 12:00
SEEB-MA

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Em rodada de negociação realizada nesta sexta-feira (25/09), em São Paulo, a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) apresentou à categoria bancária proposta vergonhosa de 5,5% de reajuste para salários e vale. 

O reajuste nem chega perto de repor a inflação de 9,88% e representaria, ainda, perdas de 4% para os bancários. A proposta prevê, também, abono de R$ 2.500, uma migalha diante dos lucros obtidos pelos bancos no semestre. 

Para Eloy Natan, presidente do SEEB-MA, depois de nove dias de espera, a Fenaban apresenta uma "proposta" desrespeitosa (para ficar no mínimo) com os trabalhadores.

Para completar, a Contraf-CUT e a Contec-UGT apresentam um calendário que prevê mais 10 dias até a deflagração da greve. Por que tanta demora? O que se esperar ainda?

Tal postura só ratifica a omissão e apatia da Contraf-CUT, que apesar de todos os "nãos" recebidos nas negociações anteriores, se recusou a elaborar um calendário de lutas para pressionar os banqueiros.

Proposta dos bancos

- Reajuste de 5,5% (representa perda de 4% para os bancários em relação à inflação de 9,88%).
- Piso portaria após 90 dias - R$ 1.321,26.
- Piso escritório após 90 dias - R$ 1.895,25.
- Piso caixa/tesouraria após 90 dias - R$ 2.560,23 (salário mais gratificação, mais outras verbas de caixa).
- PLR regra básica - 90% do salário mais R$ 1.939,08, limitado a R$ 10.402,22. Se o total ficar abaixo de 5% do lucro líquido, salta para 2,2 salários, com teto de R$ 22.884,87.
- PLR parcela adicional - 2,2% do lucro líquido dividido linearmente para todos, limitado a R$ 3.878,16.
- Antecipação da PLR - Primeira parcela depositada até dez dias após assinatura da Convenção Coletiva. Pagamento final até 01/03/2016.
- Regra básica - 54% do salário mais fixo de R$ 1.163,44, limitado a R$ 6.241,33 e ao teto de 12,8% do lucro líquido - o que ocorrer primeiro.
- Parcela adicional - 2,2% do lucro líquido do primeiro semestre de 2015, limitado a R$ 1.939,08.
- Auxílio-refeição - R$ 27,43.
- Auxílio-cesta alimentação e 13ª cesta - R$ 454,87.
- Auxílio-creche/babá (filhos até 71 meses) - R$ 378,56.
- Auxílio-creche/babá (filhos até 83 meses) - R$ 323,84.
- Gratificação de compensador de cheques - R$ 147,11.
- Requalificação profissional - R$ 1.294,49.
- Auxílio-funeral - R$ 868,58.
- Indenização por morte ou incapacidade decorrente de assalto - R$ 129.522,56.
- Ajuda deslocamento noturno - R$ 90,67.

Reivindicações dos bancários do Maranhão

- Reajuste de 35%;
- PLR – 25% do lucro liquido distribuído de forma linear;
- Piso salarial do Dieese – R$ 3.377,66.
- Isonomia.
- Fim das metas.
- Fim da mesa única da Fenaban, negociação direta com o governo.
- Estabilidade no emprego durante a vigência do Acordo.
- Liberação de todos os diretores eleitos.
- Plano de saúde para os bancários após a aposentadoria.
- Contratação de mais bancários e abertura de novas agências.
- Todos os bancários, inclusive o gerente geral, passem o ponto eletrônico.
- Insalubridade e periculosidade para os bancários detentores de segredo e chaves.
- Tíquetes: manter 100% dos tíquetes para os bancários que estejam de licença-médica.
- Fim do assédio moral.