Os funcionários do Banco do Brasil de Santa Maria e região rejeitaram a proposta de alteração estatutária da Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil (Cassi). Em assembleia realizada na noite desta quinta-feira (7), na AABB, os bancários indicaram uma contraproposta.
Durante o debate, que se estendeu por duas horas, os funcionários concluíram que a proposta, inclusive aprovada pelo banco, não é benéfica para a Cassi, que hoje passa por um regime de direção fiscal implantado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).Com base no modelo de cálculo da proposta anterior apresentada pela entidade, estima-se que a margem de solvência seria atingida por, no máximo, 15 meses. Ou seja, em 2021 a Cassi estaria novamente deficitária.
Além disso, os bancários demonstraram contrariedade em relação às mudanças estatutárias. Na norma vigente, o BB aporta 4,5% da folha de pagamento e os associados 3%, que significa a proporcionalidade do custeio de 60% ao BB e 40% aos associados. Caso a proposta seja aprovada, essa proporcionalidade vira 51% do BB e 49% dos associados. Logo, é um ótimo negócio para o patrocinador e péssimo para os usuários.
Desta forma, os bancários de Santa Maria indicaram a apresentação de uma contraproposta a fim de ser debatida pelos colegas de todo o Brasil.
A contraproposta não muda o estatuto, não altera a paridade contributiva, aporta mais recursos por um prazo de cinco anos, garante a implantação de estratégia de saúde da família para 100% dos associados e acaba com a coparticipação.
"O aporte da contraproposta será maior e mais sustentável. É importante este investimento agora para garantirmos uma melhoria nos serviços da Cassi", afirma a diretora da Fetrafi/RS, Cristiana Garbinatto. A contraproposta de Santa Maria encaminhada tanto para a Fetrafi/RS quanto para o BB. Para ler o documento, clique AQUI.
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