A Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos (CEMDP) anunciou, na segunda-feira, dia 3, em Brasília, a identificação do ex-presidente do Sindicato dos Bancários do Rio, Aluízio Palhano Pereira Ferreira, preso político e assassinado pela ditadura militar, até então dado como “desaparecido”.
A informação é de suma importância para o resgate histórico de uma das mais importantes referências da categoria bancária que deu a própria vida em defesa dos trabalhadores e da democracia. Palhano, então com 49 anos, foi sequestrado, em 1971, por agentes do Doi-Codi.
Segundo relatos de testemunhas, o bancário passou por sessões de tortura e, posteriormente, foi assassinato pelo regime militar. Na época, o órgão de repressão era comandado pelo general Carlos Alberto Brilhante Ulstra, morto em 2015, e homenageado pelo deputado federal e presidente eleito, Jair Bolsonaro, que considera o torturador, um “herói”.
A morte do bancário e a confirmação de que ele foi mais uma vítima do regime militar servem de lição para que nenhum brasileiro jamais ouse dizer que nunca houve ditadura ou deseje o retorno do mais cruel período de arbítrio de nossa história. O resgate histórico destes 21 anos deve servir como reflexão para que a sociedade dê sempre valor à democracia e à liberdade de expressão.
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