Palestra com o jornalista Emílio Azevedo, no I Encontro Estadual 2018.
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Durante o I Encontro Estadual dos Bancários 2018, realizado no sábado (27/01), na sede recreativa do SEEB-MA, no Turu, o jornalista e fundador do Jornal Vias de Fatos, Emílio Azevedo, fez uma breve análise sobre a conjuntura política atual e sobre a importância da mídia alternativa para a luta de classe.
O jornalista acredita que o caminho para combater os ataques dos patrões é a organização e a mobilização dos trabalhadores pela base. Para Emílio esse sempre foi um desafio, porém, há atualmente um fenômeno agravante e desmobilizador, que dificulta a luta contra a retirada de direitos.
“No momento em que você acredita que o seu futuro está nas mãos de um salvador, de um ‘Messias’, de uma pessoa que, por si só, vai resolver todos os problemas, isso é negativo, pois tudo que a classe trabalhadora conseguiu foi por meio da luta, não por políticos” – explicou.
Segundo o comunicador, um dos meios para superar essa crença messiânica é acreditar na força da classe trabalhadora de ir às ruas, de fazer manifestações, de modo conjunto como ocorreu na Greve Geral do dia 28 de abril. Porem, ressaltou o jornalista, "essas paralisações devem ser permanentes".
“A reformas estão passando porque ainda tem pouca mobilização. Devemos repetir, permanentemente, manifestações como a de abril do ano passado, quando diversas categorias cruzaram os braços. Só assim, esses ataques irão cessar” – afirmou.
Questionado sobre a importância da mídia alternativa para que os trabalhadores consigam vencer a guerra de comunicação travada contra os meios tradicionais, como a Globo e os grandes jornais, Emílio defendeu investimentos e ampliação do alcance dessa mídia popular.
“A mídia alternativa é um espaço de debate para quem acredita em outro tipo de sociedade, já a mídia empresarial está a serviço dos governos e dos patrões. Cabe, portanto, às organizações populares investirem em formas de comunicação envolvidas com suas causas, bandeiras e lutas” – explicou.
"É necessário ampliar o alcance dessa contrainformação com criatividade, pois comunicação é formação, é didática, impregnada de ideologias. Só assim conseguiremos desmascarar as mentiras da mídia tradicional e conscientizar as pessoas sobre a importância de lutar por seus direitos” – finalizou.
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