11 dos 18 deputados maranhenses votaram pelo arquivamento da denúncia contra Temer.
O Plenário da Câmara dos Deputados arquivou nesta quarta-feira (02/08) a denúncia por crime de corrupção passiva contra o presidente Michel Temer.
Agraciada com cargos e bilhões em emendas, a maioria dos deputados aprovou o relatório da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que recomendava a rejeição da denúncia.
De acordo com a ONG Contas Abertas, no topo do ranking de agraciados com emendas está a bancada do Maranhão, o que pode ter influenciado, ontem (02/08), na votação no Plenário.
Os deputados Aluísio Mendes, Juscelino Filho, Hildo Rocha e Cléber Verde foram os mais beneficiados com verbas na ordem de R$10,4; R$3,9; R$3,8 e R$2,4 milhões, respectivamente.
Dos 18 deputados maranhenses, 11 votaram pelo arquivamento da denúncia contra Temer, ignorando os anseios dos maranhenses e da maioria esmagadora dos brasileiros. Foram eles:
Aluísio Mendes (Podemos); André Fufuca (PP), Cléber Verde (PRB), Hildo Rocha (PMDB), João Marcelo (PMDB), Zé Reinaldo (PSB), Júnior Marreca (PEN), Juscelino Filho (DEM), Pedro Fernandes (PTB), Sarney Filho (PV) e Victor Mendes (PSD).
Dos 11 deputados acima, todos votaram a favor da Reforma Trabalhista. Excluindo Waldir Maranhão e André Fufuca, todos votaram, também, pela aprovação da terceirização irrestrita e - ao que tudo indica – a maioria da bancada deverá votar a favor da Reforma da Previdência.
Vale ressaltar que apenas sete deputados maranhenses votaram pelo recebimento da denúncia contra Michel Temer: Deoclides Macedo (PDT), Eliziane Gama (PPS), Luana Costa (PSB), Rubens Júnior (PCdoB), Waldir Maranhão (PP), Weverton Rocha (PDT) e Zé Carlos (PT).
Para o presidente do SEEB-MA, Eloy Natan, os eleitores do Maranhão devem guardar bem na memória o nome desses deputados que, em troca de interesses pessoais, negociaram seus votos em favor desse governo corrupto, que tem massacrado os trabalhadores.
“Contra a retirada de direitos, contra a corrupção, em defesa do emprego e da renda para os trabalhadores: esses deputados não merecem seu voto nas próximas eleições” – afirmou.
Com a decisão da Câmara Federal, Temer responderá ao Supremo Tribunal Federal (STF) somente após a conclusão do mandato, em dezembro de 2018.
No entanto, a Procuradoria Geral da República (PGR) poderá apresentar, ainda, outras denúncias contra Temer, por organização criminosa e obstrução de justiça.
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