A criação de empregos com carteira assinada registrou em setembro o pior resultado para o mês em todo o governo petista. O saldo líquido de empregos formais gerados em setembro foi de 123,7 mil, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado nesta quarta-feira pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
Para meses de setembro, o resultado foi o mais baixo desde 2001, quando foram criados 80 mil postos de trabalho. Depois disso, a geração de emprego formal sempre superou a marca de 150 mil nos meses de setembro. De janeiro a setembro deste ano, a criação de empregos acumula um saldo de 904,9 mil vagas.
Em setembro, a geração de empregos foi 41,3% menor do que em igual mês de 2013, quando ficou em 211 mil vagas pela série sem ajuste. Nos dados ajustados, houve queda de 51,9% na comparação com o mesmo mês de 2013, quando o volume de vagas criadas foi de 257,6 mil.
A série sem ajuste considera apenas o envio de dados pelas empresas dentro do prazo determinado pelo governo. Após esse período há um ajuste da série histórica, quando as empregadoras enviam as informações atualizadas para o governo.
Resistência
O economista-chefe do Banco Fator, José Francisco de Lima Gonçalves, avalia que os dados do Caged mostram um mercado de trabalho resistente dentro do cenário macroeconômico atual. "O número é mais um sinal de que o mercado de trabalho tem uma resistência bastante grande, tendo em vista a piora de outros indicadores", afirmou. "Também é possível que ele já tenha passado pelo pior momento. É mais um mês em que a atividade vai mal, a expectativa vai mal, mas o mercado de trabalho vai bem, dando sinais de persistência", opinou.
Setores
Depois de cinco meses consecutivos em que o número de demissões superou as contratações, a indústria de transformação apresentou um saldo positivo em setembro, de 24,8 mil novas vagas de trabalho.
O setor de serviços mais uma vez se destacou na geração de empregos. Em setembro, houve criação de 62,3 mil vagas nas área. No comércio, foram abertas 36,4 mil vagas e na construção civil, 8,4 mil novos empregos. Por outro lado, o setor que mais fechou vagas foi a agricultura, com um saldo negativo de 8,8 mil vagas.
Confira, na íntegra, a edição digital de março/2024 - edição extra do JB
© SEEB-MA. Sindicato dos Bancários do Maranhão. Gestão Trabalho, Resistência e Luta: por nenhum direito a menos!