O jornal português “Diário Econômico” informou nesta segunda-feira que cinco bancos estrangeiros entraram em contato com o banco central do país, o Banco de Portugal (BdP), para manifestar interesse em investir no Banco Espírito Santo (BES), cujo grupo está em grave crise financeira.
Entre os bancos estariam, segundo o jornal, Bradesco e Santander. O BC português está buscando uma solução de mercado para o banco, ou seja, tenta capitalizar o banco para que não seja preciso usar dinheiro público no socorro.
Os bancos estrangeiros estariam interessados em comprar participações no banco, após o Banco de Portugal deixar claro que gostaria de investidores privados no banco.
A reportagem do jornal português cita ainda o jornal espanhol “El Economista”, que informou na sexta-feira que o Banco de Portugal convidou o Santander a estudar um investimento no BES, além de outros bancos privados, como BPI, BCP e BBVA.
Representantes das instituições financeiras não quiseram comentar o assunto. O Santander emitiu um comunicado em que nega contatos com o Banco de Portugal.
"Tendo em vista esclarecer notícias que têm sido publicadas relativas à situação accionista do Banco Espirito Santo e que envolvem referências ao Banco Santander, o Santander informa que não foi contactado pelo Banco de Portugal, nem contactou o mesmo, a propósito deste assunto", refere o comunicado.
SOLUÇÃO PRIVADA PARA REFORÇAR O CAPITAL
A ideia é reforçar o capital do banco, com problemas de liquidez. Fundos internacionais como o Apollo e o KKR também foram, segundo o “Diário Econômico”, convidados a analisar um dossiê com dados do BES.
Na sexta-feira, no Parlamento, o presidente do BdP, Carlos Costa, afirmou que são vários “bancos de investimento e fundos europeus”.
— É muito provável que haja uma solução privada para reforçar o capital — disse Costa aos deputados, frisando também que essa operação só acontecerá quando “se eliminarem as incertezas”.
Por isso, comentou ele, o Banco de Portugal pediu a realização de duas auditorias independentes ao Grupo.
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