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PLANTÃO / SAÚDE NO TRABALHO

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Doenças musculares e de cunho emotivo "imperam" em ambientes laborais

LER é uma das comuns. Especialista explica diferenças entre doenças ocupacionais e do trabalho.

04/06/2014 às 13:30
Imirante.com
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Dores musculares, hipertensão arterial e fadiga crônica: esses podem ser alguns dos sintomas de doenças do trabalho. Em níveis mais graves, elas podem levar ao alcoolismo ou desencadear doenças emocionais. O alerta é dos especialistas. A prevenção, sempre, é o melhor caminho.

De acordo com a médica do trabalho e perita do Instituto Nacional de Previdência Social (INSS), Iêda Maria Araújo, atualmente, as doenças do trabalho mais comuns são as musculares, devido ao esforço empregado de forma incorreta por alguns trabalhadores; e de cunho emocional, causadas pela pressão psicológica. "Hoje em dia, o que impera são as chamadas LER/Dort (Lesões por Esforço Repetitivo e Distúrbio Osteomuscular Relacionado ao Trabalho), que são doenças musculares; as 'dorsopatias', que são para aqueles que trabalham com cargas; e as doenças de cunho emocional, que, hoje, está mais relacionada ao assédio moral, e que produz não só uma doença mental mas, também, física. São trabalhadores que têm muitas dores musculares, que desenvolvem quadros de hipertensão arterial, que desenvolvem quadros de fadiga crônica", afirmou a especialista.

Iêda Araújo esclarece a diferença entre as doenças do trabalho e as doenças ocupacionais. "Doenças ocupacionais são doenças crônicas de evolução prolongada, que são produzidas por um ambiente de trabalho pouco saudável, insalubre, ou pelas condições próprias de como o trabalho é desenvolvido. Elas são equiparadas a acidentes de trabalho", explica. "A doença ocupacional é o universo de doenças produzidas pelo trabalho. Nesse universo, nós temos a doença profissional, propriamente dita, que são as 'tecnopatias', produzidas em atividades específicas, (...) elas só acontecem em trabalhadores de atividades específicas; as doenças do trabalho, que são chamadas de 'mesopatias', essas, sim, não tem o trabalho como causa necessária, mas eles têm como influenciadores das alterações de saúde, podem agravar ou fazer eclodir um distúrbio que estava latente, e, talvez, nunca fosse desenvolvida em vida, mas a influência do trabalho vai fazer com que ela apareça mais precocemente ou que ela apareça de uma forma mais aguda, produzindo um dano ao trabalhador", completa.

Trabalho x descanso

Prática comum entre os profissionais, estender as atividades do trabalho para o horário de descanso ou lazer é um ato que, também, pode criar desconforto psíquico, e cria uma incerteza no trabalhador no cumprimento das tarefas, tanto no ambiente laboral quanto em casa. Daí a importância de saber separar os dois momentos. "A gente não pode confundir ambiente de trabalho com ambiente domiciliar, ambiente de repouso, porque senão a gente está trabalhando 24 horas diárias. A carga de trabalho de oito horas, com o adicional de duas horas, já é uma carga suportável", defende a médica do trabalho. Iêda Maria Araújo

"É como se nós tivéssemos usado toda a carga da nossa bateria durante a atividade laboral, e precisamos ter um tempo de parada para repor essa energia, tanto física quanto emocionalmente, para que a gente possa retornar à jornada com saúde, com vigor", exemplifica.

Prevenção

Como forma de prevenir as doenças de trabalho, a especialista destaca a importância no desenvolvimento de práticas de alongamento. O trabalhador deve levantar algumas vezes durante a jornada de trabalho, para evitar a sobrecarga do organismo. Empresas e trabalhadores devem criar as condições para um ambiente sadio, e, em hipótese alguma, o empregador deve descontar o horário desse descanso da jornada do trabalhador. "Existe uma coisa muito séria, principalmente em ambientes de bancos. A gente chega no banco, e o trabalhador está lá do outro lado do caixa, às vezes fazendo um alongamento, porque a lei determina um tempo de relaxamento. Ele tem 10 minutos ali para ele parar, fazer os alongamentos, respirar. Quando o consumidor chega, que está do outro lado do balcão, o cara está parado, e ele olha para aquela fila, um monte de gente esperando, ele começa a pressionar o trabalhador, não sabendo que aquilo é necessário até para que ele preste um bom atendimento para o usuário daquele serviço", exemplifica Iêda Araújo.

"É importante essa recomposição funcional, física e emocional para que a pessoa desempenhe o trabalho dela com saúde", conclui.

Incapacidade


Doenças do trabalho e ocupacionais podem, em determinados graus, causar incapacidades ao trabalhador. No caso das doenças do trabalho, a data início da doença corresponde ao início da incapacidade. Equiparadas ao acidente do trabalho, as doenças ocupacionais – ou seja, aquelas que se desenvolvem ao longo dos anos, com o vínculo laboral – já não podem ter o início detectado de forma precisa.

Em ambos os casos, os trabalhadores devem procurar um clínico-geral, que o encaminhará para um especialista. Se não houver condições de trabalho, o profissional da saúde emite um atestado médico. A empresa faz a cobertura dos primeiros 15 dias, e, se o período necessário for superior a esse, a cobertura é transferida para o INSS.

Outras dúvidas podem ser esclarecidas pela Central 135.

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